Eis dois exemplos:
Quatro patas atacam a floresta, velozes, letais e, com destreza, pedras, troncos, flores, não passam de obstáculos vencidos enquanto a nobre presa, no encanto lançado pela harmonia de uma deliciosa queda de água, descansa, e, sem saber o que se esconde por trás dos matos escuros, inocentes, desfruta da sua última refeição, porém, um ramo no chão denuncia a caça, e começa uma perseguição rápida que toma como vítimas não só o pobre cervo, mas também as plantas e os animais que naquela terra habitam, no entanto a única verdadeira vítima foge, descendo pelos montes, desviando-se de inúmeros ramos numa claustrofóbica e violenta sensação de morte, perseguida por um medo que a alcançava cada vez mais rápido, e que, indiferente aos campos, verduras e rosas, frio, alcança finalmente o seu prémio, chegando a uma praia que ganha uma nova paz, e, apesar do sadismo da caça, a natureza solta um vôo de borboleta, assim como um suspiro de liberdade.
Pedro Pontes nº10 - 12º1
Numa tela em branco, fiz um esboço da floresta que visitámos e dei-lhe vida e cor com os animais do campo, os cervos, que eram a caça naqueles montes, assim como a verdura e as flores que pintei, rosas que cobriam a terra dos matos, para além dos ramos e das pedras que, no entanto, davam um ar sombrio àquela paisagem e, como que juntando as melhores recordações da nossa viagem, desenhei, no canto da tela, a pequena praia com água límpida a que fomos, no Verão passado.
Tânia Lopes nº14 12º1